terça-feira, 23 de novembro de 2010

Esclarecimentos sobre utilização das técnicas de TDM- Tratamento da Depressão pelo Magnetismo.

Local: Votuporanga

Evento: Entremediuns 2010

Por: Jacob Melo em 23.10.10

Jacob- Eu não sei se todos sabem porque estamos aqui hoje, mas a culpa é desta moça aqui. Ela é de Fernandópolis, me escreve regularmente, tem um blog que todos devem conhecer (depois ela passa o endereço). Eu estou falando “ela”, sei que tem gente que vai ficar com ciúme, mas eu vou dizer que tudo é ela mesmo. Ela queria que eu fosse pra Fernandópolis hoje à noite, e eu disse: Não, de jeito nenhum! Fernandópolis que venha. Mas aí Fernandópolis cresceu! porque ela me disse que teria menos gente que viria de Fernandópolis, mas olhando aqui eu estou vendo que Fernandópolis cresceu um pouco mais (sorrisos). Então se programou esse nosso encontro que nós não sabíamos ainda onde seria, mas sabíamos que seria às 20:30hrs. E como já estamos aqui, já podemos começar, não sei o que é, seja lá o que ela quiser , em nome de Jesus!(risos)

Solange- Não tem só o pessoal de Fernandópolis, tem o pessoal de Palmeira D’Oeste, a Cidinha e a Márcia, o pessoal de Catanduva, Rio Preto, São Paulo e de Votuporanga. Então Fernandópolis cresceu um pouquinho.

Como nós começamos os atendimentos em Fernandópolis começaram a aparecer as nossas dúvidas, as nossas dificuldades em relação aos atendimentos, e nós solicitamos para o Jacob fazer essa reunião, esse bate-papo para estar esclarecendo, pois já que ele está aqui e tem essa possibilidade vamos aproveitar um pouco mais. Então elaboramos nossas questões e os demais estejam a vontade para se colocarem, questionarem. A primeira questão que o nosso grupo colocou é a seguinte:

1- Como utilizar as técnicas do TDM (Tratamento da Depressão Pelo Magnetismo) para tratar os médiuns ostensivos que apresentam fadiga fluídica e quais as possíveis causas da fadiga fluídica?

Jacob- Vou responder primeiro fazendo uma pergunta: todo mundo aqui sabe o que é TDM, que ela falou na questão? Não?!

E, todo mundo sabe o que é fadiga fluídica? Ok!

Primeira coisa, o TDM é a sigla de três palavras Tratamento da Depressão pelo Magnetismo. Se todas as vezes que falássemos do tratamento tivéssemos que falar: vamos fazer um Tratamento da Depressão pelo Magnetismo, ficaria um nome muito longo, então reduzimos para TDM, mas tem muita gente que chama de mil formas diferentes. No livro a Cura a Depressão pelo Magnetismo eu estabeleci três níveis de tratamento para quem tem depressão, e esses ter níveis são chamados de TDM I, TDM II e TDM III.

O caso da fadiga fluídica se parece com a depressão em termos de comportamento dos centros de força, mas em termos psicológicos, em termos emocionais e em termos de constrangimentos físicos é diferente. Porque a depressão ela se caracteriza como, via de regra, por uma mudança do humor, enquanto que a fadiga fluídica se representa sobretudo numa falta de energia.

A falta de energia da depressão é uma falta de energia absolutamente para tudo, você não tem energia física, fluídica e nem emocional. Na fadiga fluídica, você não tem energia fluídica, você pode estar bem emocionalmente e ter disposição física para fazer qualquer coisa, você simplesmente vai estar sempre em fadiga, sempre em cansaço.

Na fadiga fluídica nós encontramos pessoas de todos os níveis, de todas as crenças e de todas as práticas, porque ela se dá pela perda de fluidos. No caso espírita ela é mais comum em quem aplica passes e faz doação de magnetismo, consciente ou não, e isso é tão grave que você pode entrar em fadiga fluídica dormindo, o que teoricamente seria um contra-senso, porque nós dormimos para nos recompormos fluidicamente, então como que você dormindo pode entrar em fadiga? Quando em sono nós vamos fazer trabalhos físicos no mundo espiritual, ou seja, doação de fluidos no mundo espiritual, essa perda é a mesma, tanto faz você estar acordado ou dormindo, e tem pessoas que às vezes entra em fadiga fluídica durante o sono, porque sai, começa a queimar muita energia durante o sono e quando volta não se recompõe mais. Dentro da teoria de Kardec, ele diz uma frase que a gente tem que fazer a leitura inversa para poder entender o sentido, quando ele se refere a fadiga, ele diz;”depois de uma perda de fluidos, uma noite de sono é suficiente para repor a energia.” Então, essa é a expressão dele, e ele aí colocou um ponto final. O primeiro entendimento nosso é, então se eu tiver uma fadiga fluídica, eu dormir, no outro dia estou bem. Esse é o padrão, mas, e se você dormiu e não ficou bem? Então, é porque você está além do padrão de gasto fluídico, e portanto uma noite de sono foi insuficiente. O grave fica quando você tem uma fadiga fluídica uma vez, duas, tem três... e aí você começa a ter repetidas perdas fluídicas além do que você consegue se recompor, e isso leva a uma exaustão dos centros de força no que diz respeito a auto compensação, e, à medica que os centros tentam repor energia para sua própria manutenção, eles como que se embaralham, e entram aparentemente em um colapso, ou, o que seria uma expressão mais comum, numa congestão, numa auto congestão, que corresponderia agora a uma má absorção dos fluidos externos, porque nós temos como reposição de fluidos de pelo menos três fontes: nós temos a própria geração, produto do fisiologismo, produto do corpo humano, nós temos uma outra situação em decorrência da própria recuperação no mundo espiritual principalmente associada ao sono e a terceira os próprios elementos da vida, alimento, respiração, líquidos, exercícios, tudo isso compõe a nossa estrutura vital enquanto encarnados. Mas essa composição fluídica quando a gente entra em fadiga, ela não é suficiente para se recompor e quando a gente chega num ponto grave, esses centros como que se bloqueiam.

A vantagem de se saber a teoria é que essa é uma coisa que dá pra se saber à medida que ela vai acontecendo. O primeiro sinal de um começo de fadiga é: você fez uma atividade fluídica que pode ser de passes magnéticos ou alguma coisa relacionada, e até mesmo isso se dá em profissões como massoterapeuta, psicólogos estão muito expostos a fadiga fluídica e pessoas que se emocionam muito com envolvimentos inter- pessoais, que lidam portanto com pessoas, todas essas categorias ficam muito expostas; então o que acontece se você imaginando, eu tive uma atividade hoje em que eu tive uma grande perda de fluidos, quando eu durmo, eu me acordo no outro dia descompensado, não quer dizer que o fato de eu estar sempre descompensado no outro dia vai ser sempre uma perda excessiva, que a gente também tem outros fatores que podem levar a gente a acordar descompensado; mas quando é perda fluídica vem uma descompesação e geralmente ela produz algumas sensações ruins tipo: zumbido, tontura, garganta seca, enjôo, olhos ardidos ou o mais comum ainda, gosto de ressaca, sensação de ressaca, como quem passou a noite em claro ou quem foi para um festa e não dormiu o suficiente, é uma sensação de ressaca incontrolável, isso é muito comum. Numa única vez, isso depois com três, quatro noites, naturalmente isso se repõe, imaginemos uma pessoa que toda semana tem uma carga de aplicar tantos passes, pra ficar bem dentro do nosso caso, e toda semana, ela no outro dia ela esta arrasada, está de ressaca, se ela não der um jeito nesse processo, depois de um certo tempo além de ressaca ela vai começar a sentir dores nas articulações. Começa normalmente pelas articulações dos dedos, depois em todas as articulações dos membros superiores e inferiores e isso pode chegar a um ponto de se transferir como dores graves no coração, e, algumas pessoas que eu já conheci tinham dores como se fosse angina, eram dores lancinantes no peito. E você não tem disposição para trabalhar, mais para nada; e não é como na depressão, pois na depressão não tem disposição, não quer, não pode e não sabe, na fadiga não, você vai se sentindo tão desenergizado que você não consegue mais produzir. E o ápice que eu conheço de fadiga fluídica é que depois das dores das articulações, essas começam a inflamar e inflamam e doem de tal maneira que até a mobilidade a gente perde, é como avançados processos reumáticos, então você fica praticamente inválido. Eu conheci uma mulher que só se sentava em cadeira alta com espaldar alto, porque ela só conseguia se levantar sozinha por conta dos cotovelos, ela colocava toda força nos cotovelos, porque ela não tinha mais forças nem nas pernas, nem nos braços para se levantar após se sentar, por pura fadiga fluídica... Então estabelecido que é uma coisa ou outra coisa, registrados os sintomas, resta ver que ainda há outra coisa; o que as duas tem em comum, depressão e fadiga? Os centros de força de ambos não absorvem os fluidos externos e, o que é grave, se você se aproxima de um paciente com fadiga fluídica ou com depressão, se você tiver o mínimo de tato magnético, quando você entrar em relação com ela você sente que ela suga sua energia, porque tanto o depressivo quanto o fadigado são sugadores, porque eles estão precisando de fluidos; acontece que se colocarmos fluidos diretamente ali, o centro obstruído é como você estando com uma peneira cheia de coisas e você colocar mais coisas para ver se penera, então os centros de força de uma pessoa em depressão, e os centros de força de alguém em fadiga fluídica tem esse ponto em comum, o grave que eu digo é que se a gente não sabe a nossa tendência é visível, muitas vezes você vê uma pessoa com fadiga fluídica, você vê que ela não tem energia, você vê uma pessoa com depressão você vê que ela não tem energia e o nosso instinto é então, dar-lhe energia, só que ela não absorve, daí ser super comum os dois casos receberem passes e piorarem, e aí depois que piora uma, duas, três vezes ela abandona o passe porque não suporta. Porque não é uma piora aparente, é uma piora dolorosa.

E o mais grave é que esse quadro chamado fadiga fluídica, pouco tempo depois que eu escrevi o livro O Passe, que no Brasil se começou a falar numa doença chamada fadiga crônica, até o nome é parecido, e a fadiga crônica ela tem exatamente as mesmas características da fadiga fluídica, só que a medicina não trabalha com fluidos, então normalmente quem tem fadiga crônica é muito provável que seja portador de fadiga fluídica e muito dificilmente vai se recuperar sozinho, ai se chama essa doença de doença auto-imune, porque você vai ter uns períodos mais intensos e períodos menos intensos, e se a sua doença for vinculada a uma profissão, por exemplo, a de psicólogo, pode ter certeza que mais dias, menos dias ele vai ter que deixar de clinicar porque vai aumentar cada vez mais o processo, porque ele não tem defesa.

Vindo agora para a pergunta, como é que se faz o TDM em fadigado fluídico? Não é um TDM, porque o TDM visa atender o primeiro e o mais descompesado centro de um depressivo que é o esplênico, enquanto que num fadigado pode ser o esplênico mais pode ser o gástrico, pode ser o cardíaco, podem ser três, quatro, cinco que precisem de atendimento urgente. Enquanto que no depressivo o nosso foco primeiro começa e vai quase até o fim do tratamento em cima do esplênico, na pessoa em fadiga fluídica você vai trabalhar também o esplênico, mas não só o esplênico. Então eu não sugeriria que ninguém pegasse um paciente em fadiga fluídica e usasse só TDM, porque como o TDM tem um foco, pode ser que o foco principal da fadiga seja outro centro e como a maioria dos magnetizadores tem como grande doador o gástrico é muito comum você pegar mais facilmente um fadigado com descompensação gástrica mais grave do que a do esplênico. Então, o procedimento em si pode ser semelhante, mas é conveniente localizar qual ou quais os centros que precisam ser harmonizados no caso da fadiga fluídica, que aí já não é uniforme como é no caso do TDM.

2- Você falou do psicólogo; não há como a pessoa aprender a se defender da fadiga fluídica para ela continuar clinicando?

Jacob- Há sim. Aí há uma grande vantagem para quem é espírita e está na Casa certa; não é uma questão de merecimento e sim de escolher a Casa certa; vocês viram que eu já falei muito de merecimento, porque não é merecimento, se você chegar numa Casa que sabe o que é fadiga fluídica e sabe como tratar você vai ficar tratado, se você chegar numa Casa que não saiba o que é isso, você está, desculpa a gíria, “tá ferrado”, porque dificilmente vai sair por técnicas, porque o procedimento como eu coloquei ali é invertido; a pessoa está precisando de fluido e você não vai dar, isso soa anticaridoso quando na realidade é o mecanismo, e aí falta só um complemento. Mas chegando no ponto, uma pessoa psicóloga não espírita, como é que ele vai se defender? Ela vai ter que cair numa escola ou de yoga ou de medicinas principalmente orientais que vão lhe ensinar meditação e sobretudo respiração. Porque por métodos de respiração você pode pelo menos aprender a controlar. No caso do passe espírita, eu tenho sugerido para muitas situações a respiração diafragmática. A respiração diafragmática tanto pode ser uma defesa, que é simples: se você está conversando com uma pessoa e você sente que está perdendo energia, qualquer pessoa percebe isso, alguém chegou perto de você e você começou a questionar o que está acontecendo, se você faz uma respiração diafragmática, praticamente suspende essa “roubada de energia”, é um isolante, é um mecanismo de defesa. E, é um mecanismo de defesa fluídico, porque ele pára praticamente todo o processo de usinagem, neste caso; e é um defensivo fisiológico, porque reforça todo o sistema imunológico através da mudança da respiração acionando principalmente a corrente linfática e super ventilando o cérebro.

Então a respiração difragmática num momento desse, atende perfeitamente bem dois pontos de fuga graves. E a respiração difragmàtica mais comum que normalmente eu oriento é uma respiração que para quem não faz yoga ou quem já faz exercícios de respiração eu sugiro 2, 8, 4 e para quem já faz exercícios eu sugiro 2, 8, 4, 4. O que isso quer dizer? Cada número desses é um tempo que mentalmente você marca, não é necessariamente um segundo, tem pessoas que marcam mais rápido e outras mais lentas. Para você marcar seu tempo o primeiro número é o tempo de inspiração, que são dois; o segundo numero é o tempo de retenção do ar guardado em você, 8; e, o terceiro número é o tempo de liberação, 4. E para quem já faz exercícios seria, 2 para inspirar, 8 para reter, 4 para liberar e 4 para deixar o pulmão vazio, e aí repete logo em seguida.

Algumas pessoas tem dificuldade até de fazer isso porque dá muita tontura em quem nunca fez, então, eu sugiro para esses que reduza. Ao invés de ser 2, 8, 4, reduza para 1, 4, 2, mais curto e faça menos vezes. O ideal é fazer pelo menos 5 vezes seguidas, só que o ar tem que ir para o diafragma, o pulmão pressionando o diafragma lá embaixo, tem que jogar o ar todinho para baixo como se ele fosse descer pela barriga e não colocar ar na parte superior do pulmão, porque a gente tem a mania de quando vai inspirar deixar o ar todo em cima, ele não vai para o diafragma, e, se ele não vai para o diafragma ele não trabalha essa outra parte que a gente quer trabalhar. Então, deixa o ombro quieto, deixa o peito quieto e enche a barriga, não importa que a barriga vai dilatar.

E aqui eu vou ampliar mais o beneficio da respiração; se você estiver numa reunião mediúnica e estiver com muita dificuldade de se concentrar, se você fizer uma respiração assim isso lhe ajudará; se você estiver com muita dificuldade de controlar um Espírito porque ainda está esperando uma outra manifestação, a respiração lhe ajuda; se você está aplicando um passe e sente que está doando muito pouco, se você fizer uma respiração difragmática ela aumenta a doação; se você estiver doando muito, muito, muito, se fizer a respiração diafragmática ela pára ou reduz a doação. É quase que um coringa que a gente tem na manga.

Lógico que tem outros exercícios de respiração muito melhores, e quem estuda isso sabe que tem respiração para tudo no mundo, mas a respiração diafragmática é excelente para esses usos.

E depois, técnicas dispersivas em geral, porque normalmente uma grande perda fluídica momentânea gera descompensações nos centros que usinaram ou nos centros que foram sugados; se você não fizer nada aquele centro vai ter que trabalhar sozinho e ele fica lento. Então muitas vezes uma atitude dispersiva é o que pede, por exemplo: se você está no seu consultório e chega um paciente que começa a roubar sua energia, o que você tem vontade de fazer num dado momento? Pode prestar atenção que a Natureza diz, você tem vontade de inspirar e soltar o ar com força, tem vontade de levantar e correr, tem vontade de gritar, tem vontade de ir para casa tomar banho... tudo isso são atitudes dispersivas, ou seja, a Natureza está dizendo: disperse para que tudo isso seja distribuído e não fique concentrado em pontos. E aí você vai retira um paciente, entra outro e outro que rouba mais energia, depois de um certo tempo você está totalmente descompensado. A outra sugestão para quem é da área é que além do exercício respiratório, por maior que seja o número de pacientes que tenha para atender, aumente seu intervalo entre um e outro e nesse intervalo se permita fazer alongamentos, respiração, exercícios, descontrair tudo para evitar as tensões porque essas tensões são cumulativas e pode ser que no próximo paciente você se complique. E por fim a última sugestão e agora vale para passista, não passista, profissionais ou o que seja; se você sentiu que apesar dos pesares no outro dia continua acordando de ressaca, reduza o número do que você está fazendo e descubra qual é o seu número ideal. Lógico que não tem um número fixo porque um dia você pega um paciente que vai lhe “roubar” mais que todos os outros juntos, se for o caso você termine identificando quem é que está lhe descompensando. Se for realmente só um padrão, de repente você está aplicando 10 passes magnéticos e seu padrão é 6, pode ter certeza que sempre que você aplicar 10 ou os quatros últimos pacientes não vão receber nada ou você vai se descompensar, o que é mais provável. Então há um ajuste, eu falei 10, mas tem passistas - não muitos- magnéticos que chegam a aplicar até 25 passes em um dia, passes magnéticos; mas isso não é o comum, o comum é chegar ali na media de 15 passes num dia - estou falando passe magnético, não é passe de 1 minuto nem 2 minutos não. É um passe de 15, 20, 25, 30 minutos cada um; então, veja que é um tempo relativamente grande doando fluidos.

Da mesma maneira, o profissional, o massoterapeuta... Se sente que está perdendo muito fluido o massoterapeuta tem uma vantagem, está com o paciente na mão dele; se eu fosse massoterapeuta e começasse a sentir que estou em fadiga fluídica, eu vou inventar uma nova técnica e vou começar a passar a mão rápida no paciente no meio da sessão, e se ele perguntar o que é, você diga o que quiser, porque não vai poder chamar aquilo de passe. Mas, aquele passar mãos rápidas são os dispersivos que fazem o reequilibrio das duas energéticas.

E o último ponto que tinha escapado é que num atendimento de uma pessoa com fadiga você não doa fluidos, mas ele está precisando de fluidos. O fluido dele está na água. A água fluidificada é fundamental para recuperação tanto do depressivo como do fadigado, porque ele precisa da energia. Aí pergunta: a água não congestiona? Não! Porque a água não passa pelos centros de força, ela vai ser absorvida direto de molécula a molécula.

Então não se doa energia diretamente em fadigado, dá-se energia via água magnetizada, e, com o passe a gente apenas harmoniza.

3- quando um passista não deve aplicar o passe do TDM?

Jacob- Primeiro, quando ele estiver em depressão, eu sugiro que qualquer Casa que queira trabalhar a depressão tire de suas atividades qualquer trabalhador em depressão, mesmo que seja uma depressão superficial, porque ela é superficial num momento e daqui a pouco ela está lá em cima e aí já vai ser tarde, vai ser muito mais trabalhoso. Tire-o e coloque-o em tratamento, primeira coisa. Então um passista em depressão a primeira coisa que ele tem que deixar é de ser passista até se recuperar, porque você não vai dar o que você não tem. Todo depressivo tem carência de fluidos, como ele vai dar fluido? Se você vai pela lógica, além da depressão ele vai ter fadiga, e vai ser uma coisa implicando na outra e aí de forma grave.

Depois, se você não souber o que está fazendo. Vou contar um caso que foi bem típico, bem recente faz uns três meses que aconteceu na nossa instituição e diz muito. Eu vou dizer aqui uma coisa que o meio espírita não gosta de ouvir: muito cuidado com intuição, principalmente quando se tratar nesses dois tipos de caso: depressão e fadiga fluídica.

O nosso trabalho lá em Natal não se volta só para depressão, mas é lógico que a grande maioria dos nossos pacientes são casos de depressão.

Tem uma senhora que ela vem toda semana, ela sai de casa na terça-feira à noite, viaja 300 km da cidade onde para receber passes lá em Natal. Ela é uma pessoa extremamente dinâmica, uma mulher que não está no comum dos cotidianos que a gente conhece das mulheres, ela é muito ágil, muito habilidosa, é da área de contabilidade, tem uma cabeça muito privilegiada, já conversei muitas vezes com ela. E ela entrou numa depressão tão violenta, que um dia ela contratou uma pessoa para ficar no lugar dela e por sorte essa pessoa que ela contratou é espírita; e aí disse: - Espera aí! Porque você quer largar tudo? Pelo que estou vendo você está largando e não está programando uma viagem... o que você vai fazer da sua vida? Você não quer mais trabalhar por que?

- Eu quero me trancar no quarto e esperar o dia de morrer.

E era o que ela ia fazer, e ele investigou com ela, e ela terminou dizendo que ela já não tinha mais ânimo para nada, não queria mais atender telefone e o caso de depressão ela estava era “lá no fundão mesmo”, ela estava pra lá de péssima. E ele disse:

- Eu tenho como você se curar.

- Se você tem porque já não me disse?

- Você não tinha me falado nada!

Resumo da história: ele disse:

- Você aceita viajar?

- Desde que não seja para fora da Terra, eu vou para qualquer lugar, até para a China. Eu vou. Eu compro a passagem e vou.

Então ela estava decidida.

- Então você vai à China, porque você vai tantas vezes no lugar que você vai que quando terminar seu tratamento você terá ido à China e voltado, pelo menos unas duas ou três vezes.

- Não tem problema, eu vou.

- É lá em Natal, eu conheço uma pessoa e vou falar com ele pra saber se pode lhe atender.

E, ela começou a fazer o tratamento lá, com três semanas ela já tinha praticamente voltado às suas atividades, com quase dois meses de tratamento um dia um companheiro... no começo a gente não deixa todo mundo por a mão, ainda mais ela o caso sendo grave e morando longe, se complicar fica difícil você resolver algum problema, mas ela já estava bem , já estava quase indo para o nível 2, que você passa do 1 para o dois a medida que você vai melhorando (se referindo aos níveis do tratamento de TDM I, TDM II e TDM III). E um companheiro, que nunca tinha aplicado passes nela, aplicou naquele dia, ela saiu foi embora.

Nosso passe lá é na quarta-feira pela manhã, na sexta-feira à noite ela me telefonou:

- Jacob, me desculpe lhe telefonar, mas estou péssima, não agüento mais.

- O que foi que houve?

- Na quarta-feira quando saí daí já comecei sentir unas coisas estranhas no caminho, quando foi chegando perto da cidade onde moro tive vontade de mandar parar o carro e voltar porque não queria nem entrar na cidade. Mas eu não podia estar tão pior daquele jeito. E vim para casa e não consegui mais sair de casa para canto nenhum. Pensei deve ter sido alguma coisa, fiz um Evangelho.

Disse ela que rezou muito, tomou remédio para dormir e na quinta-feira amanheceu pior, e passou a quinta-feira rezando, pedindo ajuda a todos os Espíritos, e não melhorou e esperou na certeza que no outro dia estaria melhor. E na sexta-feira o dia foi pior ainda, e ela disse:

- Jacob, estou num ponto agora que não posso ficar. Do jeito que estou, nunca estive tão pior na minha vida como estou agora, nem quando que fui para aí... eu não agüento esperar quarta-feira. Eu não sei o que você pode fazer por mim, mas você vai ter que fazer alguma coisa, na minha vida piorou tudo nesses três últimos dias, distruiu tudo. Eu vou fazer o que agora?

- Meu Deus, o que eu vou dizer para essa mulher?

Eu ia viajar de manhã para fazer um seminário, não podia ir à sua cidade, e nem tinha naquela hora como encontrar uma pessoa para ir lá. Me lembrei que tinha um companheiro que fez dois seminários comigo que mora naquela cidade.

Disse a ela que iria dar um retorno, procurei, localizei e pedi que ela fosse. Relembrei do TDM I, ele lembrou tudo, mas ele já sabia e disse a ela:

- Olha você vai fazer isso!

E ele foi para lá. Eu pedi que me retornasse a não ser que ele achasse que não precisaria. Ele não retornou, viajei no sábado de manhã. Na segunda de manhã escrevi para ela, que disse:

- Olha, graças a Deus você mandou o rapaz aqui, você não sabe o que ele tirou de mim. Já na sexta-feira já dormi tranqüila e no sábado já estava quase tudo bom, ele veio no sábado fez outro passe, quando saiu tinha acabado tudo. Estou perfeita.

Como ela estava melhor, procurei saber, examinei o que ela fez depois do passe, se comeu alguma coisa ruim, as idéias que ela teve... tentei apurar a culpabilidade dela para saber até que ponto o paciente também pode ter responsabilidade no processo. Lá no LEAN, que é a nossa Instituição, nós trabalhamos com fichas, temos duas fichas para cada paciente, uma para entrevista e para anotar os dados, anota-se o que ele está sentindo e o que ele está querendo, essa ficha fica no que nós chamamos setor de entrevistas. E é feito uma outra ficha só com o nome e a idade para a gente identificar, se for caso de depressão a gente coloca uma tarja amarela, porque pode ser que uma depressão não identificada e aí vi fazer uma terapia diferente. No passe; você recebe o passe, quando sai do passe, o passista pega a sua ficha, a ficha que nós chamamos a ficha do passista, e lá ele escreve tudo que ele fez. E nós batemos muito que não podem ser omitidos dados, nem informações, tem que colocar tudo, para que a gente possa ter segurança nas avaliações. E um dia na semana a gente pega todas as fichas, de todos os pacientes e confronta, existe uma equipe para confrontar, para a gente poder tirar tudo que é possível e necessário dentro do sistema.

Naquele passe que ela recebeu daquele moço, naquele dia ele disse: fiz um TDM I, dispersei bastante o esplênico, mas no final eu tive uma intuição...

Ela pagou a conta da intuição, quem pagou foi ela. Foi falta de merecimento? Porque ela deveria passar por aquilo? O que houve? Impropriedade do passista, porque ele sabe que em TDM I não é permitido fazer qualquer tipo de concentrado fluídico; ele fez! Pena que não foi ele quem pagou a conta, quem pagou foi o paciente. E o ideal era que ele tivesse saído de casa e tivesse ido lá atender para saber que a gente tem que ter ação para corrigir os erros. Então, são coisas complexas, porque às vezes como disse na palestra, a gente pensa que os Espíritos vão fazer tudo e que basta vontade, amor e oração que tudo fica bem e não é assim! Em determinados casos específicos a gente precisa saber o que está fazendo e com segurança.

No caso da depressão esse é um ponto gravíssimo, a mim me espanta muito, porque eu sofri depressão, quem não sofreu depressão não sabe o que é depressão e nem vai saber nunca, nem queira saber. Você pode fazer psiquiatria, pode se especializar em depressão, mas se você não sofrer o mal você não tem como avaliar o que é uma depressão. É algo simplesmente terrível, é monstruoso. Então eu, particularmente, sou rigorosamente exigente. Não trate uma pessoa de depressão se você não sabe o que vai fazer, porque você pode piorar o quadro. E tem muito Centro Espírita que tem pacientes com depressão que eles vão uma, duas vezes e desaparecem, e a gente não vai atrás e não sabe por que ele desapareceu. Desapareceu porque piorou, e ele não agüenta a piora e vai embora. Então o que não se deve fazer: Não estar em depressão, não saber o que fazer, e, sobretudo ter magnetismo para poder circular bem esses fluidos.

Porque muitas vezes as pessoas pensam que é só movimentar as mãos; se fosse só movimentar as mãos a gente pegava pequenos ventiladores e resolveria muito melhor.

O problema não é o movimento só por ele, o problema é que quando você movimenta você circula as energias, e no caso do depressivo é onde melhor se associa a analogia com uma hemodiálise, a doação de fluidos numa depressão é baixa, mas a circulação é alta. Então, ela está totalmente congestionada com depressão, quando eu começo a fazer os dispersivos os fluidos que estão congestionados vem (se referindo ao passista) e voltam (paciente) repetidas vezes. Porque na verdade estamos renovando todo um circuito para que isso num dado momento volte a funcionar bem. E agora bem especifico para vocês de Fernandópolis, tem uma observação mais recente que não está no livro ainda, que em alguns casos de depressão mais grave é preciso além do esplênico ter um olho clínico em cima do fígado. Normalmente as pessoas perguntam: mas o esplênico não administra o fígado? Administra. Portanto, você trabalhando o esplênico teoricamente era para o fígado estar reagindo, mas já tivemos casos que... não foi nem um, dois... mas alguns, em que você trabalha o esplênico exaustivamente e o fígado é como se ele não tivesse qualquer conexão com o esplênico, e, se a gente não verifica o tratamento começa a ficar lento, moroso e a gente não sabe aonde vai parar. Então, apesar que não é devido no início fazer tato magnético em depressivos, a partir de um dado momento, quem já leu essa edição mais recente que fala de como transitar do TDM I para o TDM II, vejam que naquele transito vai ter um momento que a gente começa a fazer tato magnético, começa examinando os fluidos que são colocados no esplênico, se eles circulam até o fígado, se não circularem trabalhem o esplênico e o fígado, porque enquanto o fígado não entrar no sistema o progresso fica estacionado. São experiências, que por isso eu digo são pesquisas, cada dia vai surgindo mais coisas. Um dia uma pessoa reclamou, quando saiu essa nova edição do livro, mas o antigo... e como fica agora? A gente vai ter que comprar outro? Eu digo, é que lamentavelmente são livros de pesquisa e como a pesquisa não pára o assunto cresce. E não é uma pesquisa individual é uma pesquisa de vários grupos no Brasil e fora do Brasil trabalhando isso. E, de repente um grupo descobre que tem uma eficiência, uma ineficiência ou uma necessidade e a gente se comunica e na hora que comunica, um experimenta, um faz, um confirma, um nega, até a gente começar a ter retorno, então, vocês de Fernandópolis, observem casos que estacionam, aquele bendito cifão que eu falei (se referindo à fala da palestra) nos casos dos depressivos, em alguns casos são a quebra de relação entre o fígado e o sistema, que não era para existir, mas existe, que eu particularmente não entendo por que.

É como se toda a energética que vem, quando ela chega aqui em cima no pâncreas, parece que o pâncreas isola e a partir daí o fígado já não interage. Então, nesses casos a mesma coisa que se faz no esplênico, vai ter que se fazer agora no fígado. Aumenta um pouco mais o tempo de trabalho, na sessão, mas se trabalhar bem , a gente está girando aí de três a quatro sessões para que o fígado volte a se estabilizar no sistema. E você observa que a partir daí o paciente começa a ter ganhos de qualidade no tratamento.

4- Como utilizar as técnicas do TDM para tratar os médiuns ostensivos que apresentam depressão e fadiga fluídica? E esses médiuns devem se afastar doa trabalhos mediúnicos durante o tratamento?

Jacob- Nos trabalhos mediúnicos depende da função. Tem trabalhos mediúnicos em que você é apenas doador fluídico, nesse caso você tem que sair. Se você é doador fluídico, sai! Você não está tendo fluido nem para se manter, como vai doar?

E isso eu digo de cátedra, porque numa época que eu trabalhei em reuniões mediúnicas, por muitos anos, eu era o sustentador magnético, e só descobri isso depois, porque na época eu era relativamente jovem. E as vezes em que eu faltava a reunião não acontecia, e tinha reunião que eu não dava uma única palavra, então, que ausência era essa minha? Porque eu não estando não acontecia? Eu era a grande usinagem da manutenção da reunião, era minha; quando eu me afastava não tinha energia para gerir o processo. Eu, se fosse o caso em depressão ou em fadiga, teria que sair, porque como usinar, se você não tem?

Se você está na área da manifestação psicofônica ou incorporação e isso também lhe exaure muito fluidicamente, é melhor sair. Mas, precisa ver caso a caso, porque tem pessoas que faz todo o processo de incorporação, mas não tem perda fluídica, esses não teriam problema, em tese. Mas, quem tem perda fluídica no momento da manifestação, o ideal é que se afaste.

E, os passistas dos mediúnicos não podem ser fadigados nem portadores de depressão.

5- E como fazer para tratar quem apresenta os dois casos, depressão e fadiga?

Jacob- Como os dois são tratados só com dispersivos, não tem problema, faz-se TDM I, libera principalmente o esplênico bastante e aí no final faz dispersões localizadas nos outros centros que você sentiu. Sugiro que o ponto de partida seja o TDM I, até você ter condições de fazer tato magnético, na hora que você começar a fazer tato magnético e percebendo a fadiga você examina qual é o outro centro de força que está congestionado, se houver uma coincidência do mesmo centro, então, é só a seqüência do TDM.

6- Como o Sr. chegou a técnica de aplicação do TDM? Por que dos movimentos longitudinais, transversais?

Jacob- Quem já leu o livro “A cura da depressão pelo magnetismo” entende como eu sofri na época que eu tive, porque eu, sendo orientador de passes, eu sendo passista, eu tendo uma equipe com a qual eu trabalhava e parte dessa equipe até hoje esta comigo, como podia?

Quando eu adoeci, eles foram me aplicar passes, que passes? Os que eu ensinei que eram concentradores de energias, e cada dia que iam me aplicar passes eu piorava. Isso me intrigou, no dia que eu estava fora da depressão, disse: tem alguma coisa errada. Porque ou o passe não resolve e piora ou tem alguma técnica que não é apropriada, que eu não sabia qual era, eu sabia que fazia muito mal, porque eu tinha me sentido muito mal. E não eram pessoas que não me amavam, eram pessoas que trabalhavam comigo e me queriam tanto bem que continuam comigo até hoje. Não eram pessoas que não soubessem, porque tinham estudado comigo. E, não era porque o passe era em casa, porque a cada vez que eles iam me dar passe era uma verdadeira reunião espírita no meu quarto. Então, todas as condições para que desse certo aconteceram, e deram errado todos os passes.

Quando eu fui aplicar o primeiro passe de depressão num paciente muito deprimido, muito grave, daqueles que não falam, não olham, não andam, não fazem nada; o primeiro passe que apliquei nele disse para mim mesmo: olha! esse cara é um cara de sorte, porque vai receber um passe de alguém que sabe, que sou eu, que já sofreu o problema, portanto eu sei o que ele está sofrendo e eu vou tirá-lo dessas situação, e vou tirar logo na primeira. E aí apliquei o passe mais poderoso que já apliquei em minha vida; o pobre coitado quase morre porque deu errado. Porque doei energia nele até onde não tinha lugar, porque pensei: um depressivo precisa de que? De energia, eu sabia disso, eu tinha experimentado. E, aí “sapequei” energia nele.

E, na semana seguinte ele vem do mesmo jeito, quando eu olhei de longe disse: não é possível! Esse cara é para estar bom, olha como está!

E, quando fui pegá-lo para levá-lo para cabine de passe, ele olhou para mim como quem diz: desgraçado você vai me matar! O que você fez comigo; hoje você me mata!

Eu o levei para cabine e a pessoa que o levou ao Centro disse na entrevista que nos últimos dez anos foi a pior semana que ele havia passado. A semana que eu apliquei o passe...

Então, meu passe definitivamente fez mal. Nesse intervalo entre pegá-lo e levá-lo para a cabine eu disse: e agora? Eu não posso errar, porque se fez mal para esse cara, eu sei o quanto mal que foi, porque eu senti isso na pele e não posso errar. Mas onde foi que eu errei? E na hora me lembrei exatamente da fadiga fluídica, foi o meu elo, a fadiga. e olha que coisa interessante, foi o primeiro assunto do livro “O Passe” do qual eu recebi severas críticas, tanto por escrito quanto pessoalmente. Teve pessoas que chegou para mim e disse: você está querendo espantar todos os passistas? Isso é falta de caridade e falta de respeito.

Fui muito criticado por ter tratado do assunto e justo aquele assunto aparece na minha tela mental. Será que é parecido com fadiga fluídica, a depressão? Será que os centros vitais não tem condição de receber fluidos? E foi o que fiz, comecei a aplicar dispersivos nele, tudo longitudinal porque não tinha certeza - e os longitudinais, por serem menos intensos, vou precisar fazer mais, só que o impacto vai ser menor. E fiz muitos longitudinais e no final fiz um tato magnético e descobri, pela primeira vez, que nele o centro esplênico era quem estava mais bagunçado, e experimentei os transversais no esplênico e alinhei bastante nos perpendiculares. Foi um passe bastante demorado para a época, porque naquele tempo os passes que eu aplicava chegava no máximo a 5 minutos, e naquela vez acho que passei de 20 minutos aplicando. Mas, fiquei na angústia porque esperei uma semana para saber se deu certo e uma semana depois ele entra do mesmo jeito, só que num dado momento ele pára e olha para os lados, e quando ele parou e olhou para os lados, eu disse: Epa! Já tem algo diferente. Ele andou mais um pouco, parou e olhou de novo. E eu disse: ele reagiu, porque ele não interagia, não agia e não reagia. Então aquele homem reagiu, ele estava querendo saber onde estava e aí na ocasião eu dei um grito, eu estava na porta da cabine de passe, que como eu tinha saído da depressão três semanas antes as pessoas achavam que eu estava meio louco ainda, e aí eu tô lá no Centro Espírita e dou um grito, e o pessoal correu para cima de mim perguntando o que houve, se estava sentindo alguma coisa. Eu respondi: não é nada. Eu fiquei feliz quando vi que aquele homem reagiu, para mim eleme proporcionou um nível de felicidade lá em cima.

E na entrevista ele disse: nos últimos 10 anos foi a melhor semana que ele já passou. Então o erro ficou visível ali, era um erro prático, de técnica básica, ele não podia receber concentrado igual a um paciente de fadiga. E como eu já tinha pacientes de fadiga que já tinham saído de fadigas gravíssimas, inclusive com as mãos todas deformadas, já sem conseguir movimentar dedos de tanta artrose, de tanta coisa, e essas pessoas rapidamente ficaram boas, eu sabia que o caminho era aquele.

E, quando ele veio na terceira sessão, quando ele olhou pra mim, ele ainda não falava, ele olhou como quem diz: olha! É como o último,viu?? Não aplica o primeiro não! E, daí pra frente foi um progresso vertiginoso.

A partir de então eu comecei a experimentar, tanto que fomos experimentando que quando a gente chega no nível 3, a gente usa uma das técnicas dispersivas das mais eficientes que são os perpendiculares. Porque no nível 3 o paciente já está tecnicamente bom, então ele suporta que você faça grandes movimentações fluídicas nele, e um paciente com depressão profunda se você mexe muito rápido, ele se sente muito mal, não depois, mas na hora do passe; é algo angustiante. Porque a medida que você vai dispersando é muito comum a narrativa do paciente dizer: é como se você estivesse tirando meu ar. Você está tirando um peso, mas está levando meus pulmões junto. Então, se você começa fazer muitos transversais isso fica pior, então faz-se longitudinais que está dispersando de uma forma mais lenta e ao mesmo tempo está colocando todos os centros num alinhamento e força um pouco mais no esplênico. Já tivemos pacientes que tivemos que diminuir os dispersivos transversais no esplênico, tivemos que fazer longitudinais no esplênico, porque o paciente relatava mal-estar muito violento, talvez uma descompensação muito grave ou uma movimentação muito forte, em alguns casos não convém fazer os transversais.

7- qual o por quê do paciente não conseguir sair dos autos e baixos constantes durante o tratamento?

Jacob- Tem aí uma série infinita de fatores, e muitos desses fatores dependem do paciente. Nós temos casos dos mais estranhos do tipo: o paciente não tem interesse em ficar bom, por incrível que pareça não tem. Porque existe o chamado ganho secundário que às vezes é maior que o próprio mal, às vezes quem é o responsável pelo paciente também toma essa via. Tivemos uma paciente com um caso muito interessante, porque ela teve uma recuperação muito rápida e era um caso crônico muito difícil, eu particularmente acreditava que era um tratamento para mais de 2 anos no mínimo. E, com 2 meses ela era outra pessoa, totalmente outra pessoa, você não a reconhecia nem fisicamente. Em dois meses em que ela estava nesse nível muito bom, ela desapareceu do tratamento e aí eu procurei apurar porque que ela saiu do tratamento se ela vinha tão bem.

O marido que a encaminhou para o tratamento não achou que aquilo estivesse fazendo bem a ela, porque agora ela queria saber para onde ele ia, o que ele fazia, ela agora não queria que ele saísse, ele antes podia fazer qualquer coisa. Isso parece ridículo, mas essa mulher piorou tanto, que ele fez a caridade de devolvê-la para mãe numa outra cidade e ela foi para num hospício. Isso é o cumulo da falta de respeito com a dignidade humana, mas ele como marido se achou nesse direito, e acredito eu que se não fizer nada, ela vai terminar a vida dela num hospício, e não é outro o problema dela que descompensação geral dos centros de força. Foi um caso muito forte na nossa mão por conta do progresso, a mudança dela não foi só fisiológica, não foi só de aparência, foi de cabeça, de tudo, ela mudou, ela voltou à vida. E ele simplesmente usou do direito de prendê-la; dopou-a, levou- a até um psiquiatra literalmente e deixou ela lá no fundo do poço. E quando ela estava lá no fundão mesmo, ele conheceu uma outra moça que estava “numa boa” e aí ele preferiu ficar com a moça e devolveu a mulher e os filhos para a sogra.

Então, você tem esse tipo de situação, o paciente não quer ficar bom... Eu tenho um caso desse; um homem teve uma ascensão muito boa, e de repente ele disse:

- Espera aí!

Ele foi num supermercado fazer uma compra, coisa que ele não ia mais, e justo naquele dia ele encontrou um credor dele que disse:

- Ahh! Quer dizer que você já está bem? Então eu vou voltar lá para acertarmos nosso antigo débito.

E como ele tinha falido a empresa e tinha ficado devendo a muita gente ele disse:

- Ah não! Vou continuar em depressão.

Porque ele queria voltar bom, mas voltar assim, tenho uma empresa limpa, vou começar do zero. O que aconteceu para trás apaga. Quando ele descobriu que não era assim que funcionava ele não tinha mais interesse. Se ausentou do tratamento e parou. Essas são questões mais difíceis que outras... uma que é relativamente simples, mas que as pessoas não acreditam, é a água fluidificada; se você faz tratamento magnético para depressão e não tomar a água, se você achar que está enganando, você está se enganando. Se você começar a omitir informações, ter comportamento ou algumas situações estranhas, e não revelar, atrapalha pois algumas situações ainda estão em investigação e portanto não são dignas de divulgação plena, as o saber delas, na pesquisa, é fundamental.

Podem complicar, por exemplo, pacientes em depressão que fazem uso constante de paracetamol, isto é um obstáculo grande, porque o paracetamol sendo tratado no fígado e gerando graves desarmonias no órgão ele pode gerar uma descompensação no esplênico que os passes não conseguem superar. Pessoas que tem comportamentos que tudo leve a uma exaustão do fígado, principalmente do fígado, serão sempre um problema para quem trabalha com passe, e aqui inclui excesso alimentar, excesso de gordura, excesso de frituras, álcoois, mesmo medicamentos que são elaborados no fígado, são inimigos do depressivo. Quem tiver depressão e tiver nessa faixa, vai ter que sair se quiser ficar bom. O magnetismo vai levar até um ponto, chega um ponto ele pára, porque você descompensa de tal maneira que inviabiliza o tratamento. E uma outra informação, e essa é a mais chata de ser dita, é: imaginemos Fernandópolis trabalhando depressão dentro dessas técnicas, aí a pessoa vai para Fernandópolis receber um passe TDM e dalí vai noutro Centro Espírita receber um passe convencional, se no passe convencional houver imposição de mãos, praticamente o que foi feito lá vai ser desfeito aqui, porque enquanto lá você está alinhando, harmonizando; aqui você está congestionando. Tem muitos casos, muitos... não é um nem dois, muitos casos de pessoas que ficam escondendo essa informação. Eu estou fazendo tratamento aqui e não melhoro. Está fazendo o tratamento aqui e ali, e se o ali for concentrador, atrapalha. Isso é ruim de dizer porque parece que a gente quer ter exclusividade na nossa Casa, e não é! E mais uma vez uma palavra de Allan Kardec:” tratamento magnético é um tratamento, seguido, regular e metódico”, é um tratamento? É. Então ele tem que ser seguido, tem que ter seqüência, tem que ser regular, ele tem que entrar numa faixa de hábitos e tem que ser metódico, tem que ter método, e métodos inclusive de técnicas. Então isso é complicado para quem está em depressão, se alguem tem depressão e quer ficar bom com magnetismo tem que escolher uma Casa e ficar só nela, se não resolver, você pode até procurar outras, mas não faça os dois ao mesmo tempo.

Em contrapartida se alguém me pergunta: estou fazendo tratamento de depressão no Centro Espírita, posso fazer acupuntura? Pode. Se o acupunturista souber o que está fazendo, porque tem acupunturista que acha que a depressão está na cabeça e se esquece do eixo esplênico, ou baço-pâncreas, ou como outros chamam, baço- fígado. Esse eixo tem que ser respeitado, mesmo no caso da acupuntura e outras terapias, tem outras terapias que não são contraditórias.

De todos os medicamentos, fora esse que eu já falei, existe um medicamento que não é contra a melhora da depressão, ele é contra o magnetismo, um grupo medicamentoso, os corticóides. Os corticóides diminuem a ação do magnetismo, quando você está trabalhando há muito tempo com um paciente e ele não avança muito, consulte, porque provavelmente ele esteja tomando corticóides com freqüência. Não sabemos ainda qual a razão, mais os corticóides diminuem muito o efeito do magnetismo. Ao contrário, uma pessoa que está com câncer e que está fazendo radioterapia, isso não contradiz a força do magnetismo, você pode trabalhar paralelamente sem nenhum problema, mas o corticóide diminui muito, significa dizer ou você vai ter um tratamento mais longo, ou vai ter que aumentar a duração dos tratamentos para chegar no mesmo nível.

8- As técnicas do TDM podem ser utilizadas para tratar alcoolismo, dependência química, e outros como síndrome do pânico, ansiedade?

Jacob- Por enquanto estamos nesse limite, por enquanto. Mas, por falta de mais pesquisas. Sabemos que os dependentes químicos estragam o esplênico, sabemos que os alcoólicos estragam o esplênico, sabemos que a síndrome do pânico e a bipolaridade, são ramos da depressão, então para todos os efeitos está todo mundo no mesmo pacote, mas não quer dizer que a eficiência da técnica seja igual nos outros casos, mas já existem relatos de pessoas que dependiam muito do álcool e fazendo TDM perderam o gosto do álcool, foi mais fácil vencer o vício do que simplesmente se abster. E também tem casos que não está na sua pergunta, que são crianças, ou mesmo adultos com hiperatividade. A hiperatividade é uma forma da depressão se expressar, ou é uma forma de manifestação de descompensação grave do esplênico. Tem crianças que são tratadas da hiperatividade com técnicas de TDM é a melhora é grande.

Agora, especificamente pânico e bipolaridade a gente está vendo quais são as variações, tem muitos grupos querendo descobrir quais são as variações. Porque se você trata alguém com depressão clássica o TDM I é perfeito, os TDMs são perfeitos, mas se você pega um paciente com depressão e pânico aí já não é tão eficiente, então tem mais alguma coisa. O quê? Onde? Como?está sendo investigado agora.

A ansiedade, poderíamos dizer em algumas situações, são um principio de descompensação do esplênico, tem muita relação tanto a ansiedade quanto a apatia, elas geram descompensação no esplênico, e não só isso, por exemplo uma pessoa que seja extremamente rigorosa consigo mesma, aquelas pessoas que chamamos perfeccionistas, elas jogam dentro de si mesmas uma descompensação muito forte que terminam no esplênico, e particularmente eu tenho uma expectativa que espero estar redondamente enganado, mas é o nosso padrão de vida atual, super valorizando a chamada adrenalina, é um risco grave, porque a adrenalina é produzida nas únicas glândulas associadas ao eixo esplênico; no eixo esplênico nós temos o baço, o pâncreas, o fígado, os rins e as glândulas suprarrenais, que produzem a adrenalina, e como nós estamos forçando isto, hipertrofiando essas glândulas, não sabemos aonde isso vai parar. Eu tenho meus receios de que será o esplênico quem vai pagar a conta e, sendo nele, vai ter ansiedade, vai ter fobias de melancolias ou de desejos insustentáveis. Aí a gente vai dizer: é porque eu sempre vivi na adrenalina. E aí você não tem adrenalina por que? Porque o esplênico descompensou e você cai em ansiedade e depressão. A ansiedade é a ante-sala da depressão.

Se dizem: Ah! mas vivi ansioso a vida inteira e já estou com 80 anos.

Graças a Deus! Chegou aí e conseguiu parar. Porque quem vive com grande ansiedade, se cair na depressão, é uma queda feia.

9- Alguém pode melhorar a depressão e não melhorar a ansiedade?

Jacob- Se você trabalhar por esse mecanismo do magnetismo, não acontece, as duas coisa vão melhorar juntas. Agora se você melhora a depressão só com química aí alguma coisa vai despencar em algum lugar, porque a depressão tratada quimicamente, com todo respeito que a Medicina merece, está, na realidade, mascarando um fenômeno. Porque como o fenômeno é na região esplênica, provoca uma queima de serotonina muito alta, você força a reprodução de serotonina - é lógico que não é só serotonina, mas é o que se fala - então você preenche a serotonina quimicamente, só que quem está exaurindo continua exaurindo, aí daqui a pouco você tem que dar mais serotonina, e daqui a pouco só serotonina já não resolve, e aí é o quadro clínico que a gente vê, você termina, sai de uma situação, entra num estado bipolar, as vezes deságua também no pânico ou então, entra numa ansiedade violenta. Mesmo que não chegue na ansiedade você fica com pavor, você diz assim: Nossa! Peraí! Estou vendo essa água e já estou com medo!

Está com medo por quê? Porque sabe o quanto é ruim estar lá. Você fica com uma ansiedade, que abre as portas o tempo todo para que ela entre de vez.

Se você trata por magnetismo, não só magnetismo, por favor entendam que não é só o magnetismo sozinho que resolve depressão. Nos casos graves é indispensável que a química esteja ali, até para lhe dar um nível para a partir dali você sair. Com o magnetismo você repõem o único elemento que a química não está tratando que é a parte fluídica, energética. Na hora que você recompõem isso, aí você começa a perceber a diferença na medicação e começa a sair, vai saindo do medicamento, faz o desmame e você já não tem as quedas e vai adquirindo a confiança. Agora, quando você sai por um medicamento você tem o pico de alegria e depois vem o desespero da queda e você passa a viver ansioso, e em sua próxima situação a ânsia vai lá em cima, e depois vai mais ainda até que a ânsia e a depressão se encontrem e aí não tem mais jeito. Essa é uma das grandes vantagens do tratamento pelo magnetismo, porque ele tira essa possibilidade, porque equaliza tudo num bom nível.

Tem casos tão profundos, como no primeiro que atendi, que estava há 10 anos, já se encontrando sem falar, sem fazer nada, para ir ao banheiro tinha que alguém levá-lo, pra tudo dependia de alguém. Aí 6 meses depois já voltou a trabalhar, já voltou a assistir um filme... dá vontade do que? Parar o tratamento. Quer recuperar aquele tempo e é nisso que a gente se perde.

10- Uma pessoa com depressão que melhora da depressão com tratamento químico e aumenta muito a ansiedade, sendo que, estava fazendo tratamento magnético (TDM) e interrompeu devido a necessidade de um repouso pós cirúrgico?

Jacob- Primeira coisa é que você não deveria ter parado o tratamento enquanto você tem esses sintomas, não deve parar. Partindo do pressuposto que se está fazendo um bom TDM, se você estava com toda essa dificuldade você fez pouquinho tempo de tratamento e parou, você foi precipitada. Quando digo precipitada não estou condenando sua posição, estou me referindo ao tempo curto do tratamento, a gente às vezes tem mil motivos para parar, nem por isso deixou de ser precipitado porque interrompeu.

Não dá para uma depressão já estabelecida em 2 meses você ter saído e estar totalmente planada, a não ser que fosse uma terapia aplicada todos os dias, o que não é o comum das Casas Espíritas. Na nossa Casa aplicamos um passe magnético por semana; no livro eu digo que isso é pouco. Na depressão, o ideal do tratamento magnético é pelo menos dia sim, dia não. Mas as Casas não tem como fazer, e não adianta atender 1 pessoa bem e 99 mal, então a gente cria o melhor padrão dentro da Casa e faz o melhor. Aracajú, que é uma outra cidade onde se conta com tratamentos modelos, já estão em duas aplicações semanais e estão para implantar o 3º dia; os resultados deles serão muito melhores do que os do meu grupo, porque nós tratamos apenas uma vez por semana.

E o caso de um amigo meu, que recebia passe todos os dias e passes de 30 minutos. Quando já queria morrer, de repente em 30 dias voltou tudo plenamente, é fantástico.

O caso mais fantástico que tivemos na nossa Instituição é de um ateu que tinha depressão há mais de 50 anos, tratava com dois psiquiatras, ele já não tem mais depressão, há um bom tempo, ele recebeu alta. Ele é ateu e continua freqüentando a casa, e continua se dizendo ateu; o tratamento dele tinha tudo para dar errado, porque ele não foi porque quis, era um caso crônico demais, um homem totalmente descrente de tudo e todas as vezes na entrevista a resposta dele eram três frases: “Não senti nada. Não mudou nada. Está tudo do mesmo jeito.”

Disse isso em todas as entrevistas, só um dia que ele acrescentou assim: “é, mas pelo menos eu já não fico só no meu quarto.” Mais um mês e meio, dois meses depois ele disse: “eu já saio e vou na calçada.” Depois de mais dois, três meses ele disse: “engraçado, voltei a gostar de ouvir música. Mas está tudo do mesmo jeito, não sinto nada , não mudou nada.”

Com seis meses de tratamento ele disse que tinha ido ao supermercado com a mulher, mas não sentiu nada, não mudou nada, está tudo do mesmo jeito.

Hoje, ele diz: “não sinto nada, não mudou nada, tá tudo do mesmo jeito.” E sorri...

11- Há diferença na produtividade da técnica o fato do passe ser aplicado com muita velocidade, sem a devida concentração e participação mental do passista?

Jacob- O passista precisa ter vontade, é a primeira orientação dos magnetizadores, não é “eu acho que eu vou”, “eu não sei se dá”; tem que ter determinação “eu vou fazer.”

A parte de concentração, meditação, oração e conhecimento de técnicas, vou considerar que isso já está objetivado, o outro ponto além da vontade é a atenção, a observação. Se você não observa, passa batido em praticamente tudo; a observação é fundamental. Se você disser: “se eu ficar só observando eu não me concentro.” Se você fizer uma observação bem pontual, você está concentrado. O problema é que estamos aplicando o passe pensando em quando vai acabar, quanto vai demorar. Aí nos comportamos como uma máquina. Então eu digo que é melhor colocar um ventilador que é muito mais circular e veloz que o passista, neste caso (risos). O ritmo não é somente o movimento em si, é o movimento e toda sua estruturação na relação com o paciente. Não é necessariamente de uma forma cronológica, mas o primeiro cuidado direto na aplicação do passe de forma técnica é estabelecer relação magnética com o paciente. Como estabelecer relação se não presta atenção e não está concentrado? Claro que não consegue. É mais um motivo para a gente se preparar... Magnetismo é uma ciência, não é um saber que se pega em qualquer lugar. E toda ciência pede estudo, observação, experimentação e repetição, não tem jeito. Então, não imaginem nunca que vocês vão encontrar um padrão para que algo se resolva. Porque nem a química funciona assim; você vai ao médico hoje, ele prescreve um remédio, da outra vez que você vai com o mesmo problema ele passa outro. Isso com base no que você diz, de como o remédio agiu, ele muda a posologia para um paciente com a mesma doença, porque cada organismo reage diferente. O organismo é uma máquina mais ou menos semelhante; é assim, imagina nossa estrutura psíquica, fluídica. Então não tem padrões, não tem ritmos definidos. Agora, uma mão em movimentos lentos concentra, rápidos ela dispersa, bem mais rápido dispersa mais, contando sempre com o bom senso, a interação, a observação, a reação. E aqui entra um ponto que vou falar, que é gravíssimo no movimento espírita, não temos feedback e não ter feedback é o desastre que o movimento espírita cometeu na área dos passes; a gente aplica 500 passes e não pode ouvir a pessoa que recebeu, e, quando ouve é somente para dizer: “você está bem?”

Imagine... você aplicou um passe e pergunta: “você está bem?”, se a pessoa disser assim:”tô...”. Será que ela está bem mesmo? “Você recebeu um passe a semana passada, você ficou bem a semana passada?” a resposta é : “não me lembro...”

Lembra sim e não ficou legal. Só que não temos a coragem de perguntar e quando não perguntamos não temos retorno. E porque a gente não pergunta? Porque se a pessoa disser que passou a semana mal, o que a gente vai fazer? Aí a gente não pergunta...

E na hora que eu não pergunto, eu não posso mudar, não posso melhorar, não posso conferir, não posso nada. Como vou fazer uma ciência onde não tenho resposta nenhuma, então tenho que perguntar. Mas vou perguntar a todos os pacientes, por exemplo, a Casa tem mil pessoas recebendo passe... mas, tem mil em tratamento? se tem mil em tratamento então você tem um colegiado de 200 trabalhadores no mínimo, então dá para fazer... se tenho mil, mas só tenho dez trabalhadores, então só com milagre, porque é impossível.

11- O magnetismo é uma questão puramente fisiológica ou existe uma co-relação entre a movimentação das mãos durante o passe e o processo mental0 ?Se não houver uma conexão entre o que se está fazendo e o que se está pensando pode haver uma perda?

Jacob- Existe uma relação entre a movimentação das mãos e o processo mental, e se não houver uma conexão entre o pensamento e os movimentos pode haver perda e até prejuízo. Uma questão que não é muito comum, porque nós espíritas não temos muitos problemas uns com os outros, imaginem que num Centro Espírita chegou uma pessoa, e é minha vez, costumo dizer que passista em cabine de passe é munia, então, estou eu mumificado esperando o paciente entrar, aí o dirigente diz: “meus irmão elevemos nosso pensamento a Jesus e peçamos agora para receber as suas bençãos”, eles nunca dizem continuemos, dizem elevemos porque nessas alturas estava todo mundo pensando em besteira (risos). A essa altura quem está na minha frente já está apavorado porque já me viu, e quando abro meu olho, quem está para receber o passe? “não! você aqui!” aí os espíritas dizem: “essa é a hora da gente exercitar o amor”; é difícil demais você ter uma pessoa que você não gosta, você abre o olho, ela está sentada na sua frente dizendo assim com o olhar: “cuidado viu!?!”

Exercitar o amor nessa hora é difícil, é complicado. E a gente lida com isso no cotidiano. Veja onde foi parar minha mente, que tipo de fluido é esse que estou doando?

Os fluidos não possuiem qualidades sui-generis, eles são elaborados no meio de onde vem, ora, o meio sou eu, estão sendo elaborados em mim e meus pensamentos estão maldizendo o indivíduo, imagina como esse fluido vai sair, qual a coloração desse fluido?

12- Qual seria o tempo adequado para magnetização da água?

Jacob- É variado; vou dizer um tempo mínimo: que nunca seja menos que 3 minutos. A gente se espanta com isso. Barão du Potet, neste livro que será lançado em abril do ano que vem, ele diz que fez uma terapia com um dos seus pacientes e que ele não precisou magnetizar muito tempo a água, que foi uma magnetização muito rápida, de apenas 15 minutos.

Dá para ter uma idéia do que a gente está fazendo? Agora, quando a gente pensa que o Barão du Potet era um excelente magnetizador com um potencial magnético lá em cima, ele achar que 15 minutos foi uma magnetização rápida... O que a gente está fazendo com a nossa?

13- As águas dos pacientes podem ser magnetizadas todas ao mesmo tempo?

Jacob- Não, sugiro que não. A depressão é uma doença única, mas os graus são totalmente diferentes. No nosso caso lá no LEAN nós temos muitos magnetizadores, e temos várias pessoas em tratamento em vários níveis de profundidade de depressão; se a gente faz uma magnetização única para todos, vamos ter que ter um padrão, que nem vai poder ser muito, para o caso pior, nem vai poder ser pouco para o caso melhor, vai ter ser médio; então para um vai ficar forte e para outro fraco. Por isso o ideal é magnetizar uma a uma. E, mais ideal ainda em termos técnicos é que o mesmo magnetizador que aplicar o passe magnetize a água. Porque quando o magnetizador aplica o passe em uma pessoa há o pressuposto que já se estabeleceu uma relação magnética, e se já está estabelecida a relação magnética e o mesmo magnetiza a água, essa já vai ter um padrão que o paciente identifica mais facilmente e, portanto, a assimilação é melhor do que eventualmente pegar um padrão que você não identifique.

14- Quais os indicadores que nos dão a certeza de que o paciente está pronto para trocar de nível no tratamento TDM?

Jacob- Sugiro que leiam o que está no livro (A cuda da depressão pelo Magnetismo, nova edição), a mudança de um nível para o outro. Mas, tem que ser pelo menos a conjugação de duas informações: a do paciente e a do passista. Nem a do passista sozinho é boa, nem a do paciente sozinha é boa.

Um paciente de depressão grave e longa, ele vai dizer que está excelente muito rápido, e como ele quer sair do tratamento com a melhora, não quer nem ir para o nível 2, nem para 3; ele quer mesmo é ir embora.

Então a gente precisa saber o que o paciente está dizendo e o que o passista vem sentindo. Mesmo que a gente troque de passista, os casos de TDM a gente vê que as descrições são muito parecidas; quando a pessoa começa sentir o funcionamento do esplênico e baço, começa a ter menos necessidade de dispersão na aplicação do TDM, e aí os passistas começam a notar que estão aplicando menos, que o paciente reage. Além da entrevista você tem o visual. Um paciente em depressão profunda, quando chega ele não reage, não diz nada; depois de certo tempo começa a demonstrar reação e na entrevista diz se está tomando muito remédio, se já diminuiu os remédios, e você vai juntando as informações. Quando ele diz que está bem, e visualmente você percebe que ele está bem, neste momento você começa a experimentar pequeno concentrados e observa o transito fluídico, e é aí onde se precisa ter um bom tato magnético, sem tato magnético é complicado. Teoricamente é complexo, porque como você vai dizer que colocou um fluido num determinado local e vai observar para onde ele foi, então você tem que ter a capacidade de identificar e acompanhar, é como um scaner, então você injeta um contraste e vai scanear para ver para onde o contraste foi. Se estiver funcionando bem e não estiver ficando concentrado, este paciente já está praticamente na condição do TDM II.

Mas, se você colocou, fluiu e quando chega num determinado ponto tem concentrado e faz pequenos dispersivos e continua concentrado, ele está transitando, mas não está bem ainda. Quando a paciente vai para o TDM II o esplênico já deve estar funcionando bem e, por medida de cautela, um paciente recém entrado no TDM II, deve ser observado direitinho, porque se ele não tiver sido bem orientado na mudança ele provavelmente vai voltar para o TDM I.

13- a respeito do tato magnético, com treinamento é possível adquirir?

Jacob- É possível. O problema do tato magnético, esse foi outro erro grave do meio espírita, Allan Kardec fala de dupla vista desde o Livro dos Espíritos, e ele diz, precisamos educar, precisamos desenvolver isso, e a gente hoje não sabe nem o que é dupla vista, e o tato magnético nada mais é do que dupla vista. Quando jogamos isso fora perdemos um monte de coisas, então, o tato magnético Allan Kardec já sugere no Livro dos Espíritos e a gente tem que desenvolver.

Kardec pergunta aos Espíritos se é possível desenvolver faculdades que não temos: Sim. É possível. Transmitir o poder não, mas quem já tem pode orientar e instruir quem não tem. É textual, então é possível. Agora, em algumas pessoas vai ser muito lento, em outras vai ser quase que instantâneo.

E outra dificuldade que nós temos é que existe muito pouco ou quase nenhuma literatura específica sobre isso. Para vocês terem uma idéia, neste ano de 2010 pela primeira vez eu fiz uma seminário de tato magnético, e o primeiro que eu fiz não foi nem na minha Instituição, foi na Florida; eles insistiram e eu não queria fazer, e a condição que fiz foi de que só estivessem presentes pessoas que já trabalhavam, não era que já tinha estudado não, era que já estava trabalhando. Por quê? Porque senão fica parecendo que é mágica, e não é mágica. Se você não tiver uma boa base você vai pensar que tudo aquilo é sugestão, indução e não é.

O segundo seminário que eu fiz foi na minha Casa, já que fiz um fora tinha que fazer um na minha Casa, foi num final de semana e nossos trabalhadores deram uma melhorada muito grande no trabalho, mas também não permiti nenhuma pessoa de fora, só os nossos trabalhadores. E com experiências simples tivemos resultados fantásticos, tipo uma pessoa que nem sabia que tinha sensibilidade, e um outro novato que não sabia que tinha a possibilidade de ter uma projeção fluídica tão grande, e durante o seminário fui observando quem tinha mais sensibilidade e quem tinha menos e no final, uma dessas duplas, que nem um nem outro sabia o que ia fazer porque em nenhum momento eu disse o que iriam fazer. Coloquei 3 de costas e mais 3 nas costas deles, chamei um por um e disse no ouvido o que eu queria que eles fizessem. Pedi a mesma coisa, mas eles não sabiam. E foi impressionante porque a pessoa que estava na frente, num dos casos, eu pedi que empurrasse a outra, sem tocá-la até que ficasse prestes a cair, estavam de pé. Ele olhou para mim e riu como quem diz: ah! E isso vai funcionar? E na hora que ele estabeleceu a relação magnética ele retesou, e ele foi empurrando e o outro foi se projetando para frente, até que disse: me segurem que vou cair! Quando estava totalmente pendente, que uma pessoa numa condição natural teria caído, eu fiz sinal e ele começou a puxar a mão e veio até começar a cair para traz. Não era mágica, não era hipnose, não era indução, era força magnética.

Se você consegue chegar a um ponto em que seu tato lhe permita ter essa manipulação, imagina você saber onde se localiza ou não um tumor. Agora você só vai começar a treinar para reconhecer um tumor no dia que você começar a pegar pessoas com tumores e examinar o que é um tumor no seu tato, porque muitas vezes para uma pessoa é calor, para outra um choque, para outra um vazio, para outra uma repulsão, para outra uma atração, e cada um vai interagir de forma diferente. Se eu não posso perguntar nada ao paciente, eu não vou saber disso nunca.

14- Quando a gente percebe no nosso corpo a dor ou incomodo que o outro sente no corpo dele, isso é uma forma de tato magnético?

Jacob- Isso tem dois nomes: 1- tato magnético natural, ou seja, entrou em relação magnética, não precisa nem ser no passe; acontece em qualquer lugar; 2- a empatia magnética, que é a mesma coisa, só que direcionada, a empatia é você receber diretamente a informação do outro, se manifesta de duas maneiras normalmente, uma como se você fosse um espelho em que a dor é refletida do lado contrário a do paciente; se eu for reflexo a dor se manifesta no mesmo local da do paciente.

Até isso a gente precisa se identificar porque tem pessoas que são espelhos, tem pessoas que são reflexos e tem pessoas que em determinadas circunstancias são um e em determinadas são outros. Como é que você vai saber se você não tem retorno do paciente? Então esse tipo de trabalho vai ter que ter retorno, porque senão você não anda, vai ficar tateando, vai fazer e não sabe se deu certo, é ciência.

15- O que você pode nos dizer a respeito de adolescentes trabalharem na sustentação e na aplicação do TDM?

Jacob- É possível, desde que o adolescente já tenha uma maturidade fluídica; não existe uma data cronológica exata. Tem adolescentes com 20 anos que é melhor ele não ir, tem adolescentes com 15 anos, que foi meu caso, que já pode ir, eu não sou uma exceção da regra.

Eu tive o privilegio de estar no lugar certo, na hora certa, da forma certa. Então para mim foi fácil, e eu contrariei o padrão da casa, porque o padrão da casa não permitia, mas na época quem se descompensava muito só tinha uma pessoa que recompensava, era Jacob. E aí obrigatoriamente, já que tinha que chamar Jacob de vez em quando, então coloca ele para trabalhar, e mesmo assim eu não aplicava muitos passes, aplicava poucos. E na época eu tinha uma usinagem muito estranha; eu doava muito fluido e minha usinagem se caracterizava por sudorese. Se eu aplicasse 5 passes, não mais do que isso, com usinagem, eu terminava espremendo a minha camisa e dali caía suor como se eu a tivesse tirado de uma bacia de água. Hoje eu tenho sudorese ainda, se eu aplicar por exemplo passe em pessoas com câncer, tipo de passe que “rouba” muito fluido e eu doar muito fluido, eu tenho sudorese do joelho para baixo. Olha que coisa! Como você transpira do joelho para baixo? É uma característica. Alguém vai repetir essa característica? Não! Acho pouco provável. Cada um vai ter a sua característica.

Na adolescência eu tinha uma recomposição fluídica muito rápida, se pudesse aplicava passes todos os dias e não entrava em fadiga. Os adolescentes as vezes tem um emocional muito excitado e as vezes tenta encobrir uma realidade fluídica. Então, se você percebe que o adolescente tem lerdeza, não intelectual, mas emocional, é melhor ir com cuidado. Mas se é uma pessoa que está numa adolescência normal, e tem equilíbrio, tem fluidos, ele doa e não se descompensa, pode aplicar TDM, sempre observando.

16- No caso se você identifica que a pessoa que está em tratamento, ela está em depressão, mas tem um processo obsessivo junto. Como você trata esse caso? E se, no momento de aplicação de TDM, for identificada a presença de um espírito realmente obsessor. O que fazer?

Jacob- Invariavelmente fazemos TDM I, só TDM I porque no Livro dos Mediuns nós percebemos que há uma informação ali que é muito crucial e a gente tem dado pouca atenção. Quando ele fala da subjugação, ele analisa a figura de 3 elementos: O obsediado, o Espírito obsessor, e, um terceiro elemento que ele diz ser alguém com moral para lidar com o obsessor e tem que ser um bom magnetizador, portanto esse terceiro elemento deve ser mais de um. E Allan Kardec define: “essa subjugação se dá por falta de força fluídica.” E no meio espírita a gente só considera a perda moral, e a gente cometeu um descompasso, por que? Porque tem muitas pessoas que não tem moral nenhuma e não tem obsessor perto. Imagine um assassino profissional, por que ele não está cercado de obsessores? Porque ele não precisa, e se o obsessor chegar não tem espaço nele, por quê? E aí, usando a expressão comum, “fulano tem o corpo fechado”, quer dizer, tem um alto potencial magnético. Pode até nem ser de exteriorização, mas tem, então você tem força fluídica. Os obsessores não conseguem acessá-lo, eles podem até ficar lhe buzinando o tempo todo, mas não tem domínio sobre ele.

Quando você tem uma queda muito violenta de força fluídica, você fica presa fácil deles. Vamos imaginar... eu acho que a maioria dos casos de obsessão na depressão começou pela perda fluídica, pode ter até sido induzida por eles, mas só se concretiza quando se tem a perda, aí o que acontece? Se você faz um TDM I e começa a dar reforço fluídico você dificulta ação dele, fica faltando agora só o contato da doutrinação, no caso da depressão. E aí se usa os mecanismos da Casa para se fazer a desobsessão. Existem casos mais complexos, estou colocando o geral.

Existem casos psiquiátricos muito graves que chamamos de esquizofrenia, e que diz que não tem mais reversão, mas se a esquizofrenia tiver tido origem nesse processo ela pode não ter uma reversão plena, mas pode ter uma melhoria considerável, se você considerar o plano fluídico também. Se você considerar só o afastamento de Espíritos, você afasta 1 vem 2, afasta 2 vem mais e isso vira uma roda.

Então, quando nós temos pacientes com depressão e obsessão nós tratamos prioritariamente a depressão, e se o processo obsessivo não resolve encaminhamos para a desobsessão também, sem aplicação de passes convencionais, só o de TDM.

17- Mas nada depõe contra uma desobsessão?

Jacob- Não. Desde que você não faça concentrados fluídicos nele.

E uma outra pergunta que é muito corriqueira: e uma pessoa que apareceu com um câncer avançado e depressão o que você vai fazer? Aí a gente vai para o que seja mais necessário. Sabemos que câncer não leva a depressão, mas o câncer abate psicologicamente de tal maneira que este abatimento leva a depressão. Não adianta você querer tirar ele da depressão se o câncer vai lhe dizimar rápido, então é preferível você trabalhar o câncer para tentar dar qualidade de vida ou até mesmo resgatar.

Mas, se foi detectado um câncer de próstata na fase inicial, sugiro que faça uma terapia química ou se tiver um magnetizador, espere um pouco para tirá-lo primeiro do impacto depressivo e aí vai trabalhar no nível 2, onde o 2º ponto seria o câncer. Porque no nível 2 além do esplênico a gente vai trabalhar mais um ponto, e aí esse ponto seria essa outra doença, mas é sempre o bom senso quem vai ter que definir o que é mais grave. Não adianta dizer morreu de câncer, mas não tinha mais depressão; não sei se isso é vantagem, talvez fosse melhor ele continuar com a depressão mais um pouco, e se você tem passista que trabalhe com câncer, vai tratar o câncer.

Nós trabalhamos essa área e às vezes é difícil você decidir, e tem muitas coisas difíceis; hoje nós estamos com 2 casos lá em Natal, são 2 casos experimentais, um é a Esclerose Lateral Amiotrófica, nós tivemos que fazer um período que corríamos o risco daquilo dar errado, depois mudar para uma 2ª experiência e depois para 3ª.

Começamos num tratamento de choque que deu um resultado razoável, mas não podíamos desconsiderar as outras situações, só que cada situação dessas envolve 45 dias de passe, num período não de 45 passes e, na 2ª fase da pesquisa, a pessoa piorou. E é difícil você ter que ir até o fim, é difícil! Mas, é um paciente que você não tem todo dia, tem que seguir... agora já estamos na fase 3 e ela já voltou a melhorar.

Isso é difícil para nós espíritas fazermos, é onde entra de fato o espírito de ciência; você não está fazendo mal, mas vai ter que tentar com alguém para que no próximo você já saiba como é.

E o outro é um senhor muito ágil, de uma cabeça muito boa, de repente ele começou a perder a noção das coisas; hoje, em menos de 4 meses, ele não sabe mais escrever. Você pede para ele fazer um circulo, ele não consegue fechar o circulo com a mão e não é por tremor, ele não consegue! Ele começa a olhar e daí a pouco não sabe o que deve fazer, ele não fecha o círculo.

É um caso complicado, os médicos já deram os diagnósticos mais diferentes possíveis e nós estamos investigando magneticamente e, no primeiro momento, é lógico nos fomos trabalhar o cérebro e ele teve dores lancinantes, teve dores de cabeça que chorava, e a gente teve que fazer isso durante 1 mês, e depois de um mês resolvemos mudar o caminho, então ele parou de sentir dores, mas o processo estacionou. No primeiro ele estava com dores, mas parecia que estava voltando algumas habilidades, no segundo está sem dor, mas as habilidades pararam de novo. Agora estamos na terceira fase, estamos juntando os dois, ele está reclamando de dor novamente, só que menos intensas. Só que está doendo não por irresponsabilidade, é que temos que investigar, quando aparece uma doença rara como essa; ou se investiga, ou nunca mais... e isso é difícil.

E para quem está começando é complicado, muito complicado, primeiro porque não tem nada escrito, o que tem escrito hoje são as trocas de informações entre os grupos que estão funcionando, tanto de pessoas para pessoas, como de grupo para grupo. E depois você vai ter que contar com pessoas que você já saiba o nível de segurança do tato magnético, quando não se tem isso é difícil começar a investigação. Quando não se tem isso é subjetivo, tato magnético é subjetivo. Para nós tato magnético é muito objetivo, como eu sei as pessoas com quem nós trabalhamos, não só da minha Casa, mas de outras Casas, então você tem segurança de que pode fazer isso, você pode fazer e examinar, desde que você pegue fulano, fulano, fulano.

Considerações finais:

Jacob- Nós não somos donos da eternidade neste corpo físico apesar de que podemos melhorar pelo menos um pouco, tanto como pessoas, como magnetizadores e a proposta é que sejamos melhores magnetizadores.

Agradeço a vocês, principalmente quem não está na prática, que deve ter ouvido aqui um monte de coisas que nem entendeu, mas fica o despertamento para ler e refletir e aproveitar. O universo do magnetismo é monstruosamente grande e carente de pessoas que estejam dispostas a trabalhar.

Fico feliz, porque hoje já posso dizer que tenho grandes companheiros, mas há 5 anos eu quis ir embora do Brasil, porque não encontrava pessoas que eu pudesse dizer: tenho companheiros espíritas. Eu simplesmente, depois de 15 anos depois de prática de passes e cursos no Brasil e fora do Brasil, eu ainda não conseguia dizer que eu tinha 5 grupos no mundo que estivessem querendo fazer. E mais especificamente de 4 anos para cá, muita gente resolveu trabalhar; fico felicíssimo, porque o mundo é de desesperados, e, ou a gente faz alguma coisa ou muito em breve seremos nós os desesperados. Vamos em frente que tem muita coisa para ser feita. Obrigado!